O mês de fevereiro apresentará condições favoráveis para os consumidores que possuem sistemas fotovoltaicos, com as irradiações solares ficando acima da média em grande parte do Brasil.
Isso porque, segundo análise da consultoria Tempo OK, o mês de fevereiro deverá ser marcado por uma circulação atmosférica que dificulta a formação de nebulosidade persistente, levando também à predominância do calor e de temperaturas mais altas do que o habitual.
Paulo Lombardi, meteorologista da companhia, explica que nesta primeira semana do mês a atuação de um corredor de umidade que atravessa o Brasil manterá as nuvens carregadas, principalmente no Sudeste, no Centro-Oeste e na maior parte da região Norte.
Contudo, ele ressalta que se a configuração atmosférica atual fosse a mesma na maior parte do mês, poderia haver algum prejuízo para a geração de energia solar. No entanto, essa não será a realidade da maior parte dos dias de fevereiro.
“O corredor de umidade, que se formou no último dia de janeiro, deve começar a se desconfigurar a partir da próxima quarta-feira (5), deixando a atmosfera mais livre de nebulosidade persistente, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro Oeste”, explica a profissional.
Com isso, as chuvas registradas nessas regiões devem migrar para o Sul, oeste da América do Sul e extremo norte do Brasil, e as características típicas de verão (predomínio de sol, temperaturas elevadas e possíveis pancadas de chuva no período da tarde) favorecerão a incidência de radiação solar nos painéis fotovoltaicos.
“Na segunda semana de fevereiro, uma área de alta pressão anômala em níveis médios da atmosfera e o deslocamento de um VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis) em direção ao interior do Brasil devem garantir uma condição de tempo mais firme e a irradiância solar ficará mais favorecida no Centro-norte do país. Essa condição se mantém pelo menos até por volta do dia 20”, disse ela.
De modo geral, mesmo com chuvas previstas para o Sul do Brasil, as aberturas de sol serão suficientes para deixar a irradiação solar acima de aproximadamente de 3 a 5% acima do normal no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No norte do Paraná e na maior parte do Sudeste e do Centro-Oeste, a irradiância supera a média entre 1% e 5%.
Destaque mesmo para o Espírito Santo, o norte de Minas Gerais e no interior do Nordeste, onde os valores de irradiação podem superar os 10% acima do normal para o mês, mesmo que a previsão indique retorno das chuvas mais volumosas para estas áreas na última semana de fevereiro.
Entretanto, no Nordeste, áreas da costa norte devem ser prejudicadas, pela atuação da borda norte do VCAN, onde há favorecimento de formação de nuvens, e da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), que ficará mais próxima ao continente, mantendo a umidade elevada e a nebulosidade persistentes ao longo do mês.
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